A Square Enix, gigante do entretenimento, anunciou uma mudança estratégica em relação à sua antiga postura de grande investimento em inteligência artificial (IA).
A empresa, que inicialmente demonstrava grande entusiasmo pela tecnologia, agora adota uma abordagem mais cautelosa, reconhecendo tanto o potencial quanto os riscos da IA.
Priorizando a Qualidade e a Experiência do Usuário
Em uma recente reunião com acionistas, o presidente da Square Enix, Takashi Kiryu, enfatizou a importância de um uso responsável da IA.
Ele reconheceu o potencial da tecnologia para impulsionar inovações em áreas como criação de jogos e marketing, mas alertou sobre os riscos associados à IA generativa, como a produção de informações incorretas ou maliciosas.
Combate à Desinformação e Proteção da Propriedade Intelectual

Em resposta a preocupações levantadas por acionistas sobre a pirataria e a violação de direitos autorais no contexto da IA, Kiryu afirmou que a Square Enix possui departamentos dedicados a combater tais práticas.
A empresa está comprometida em proteger a propriedade intelectual e garantir que seus produtos e serviços sejam utilizados de forma ética e responsável.
A decisão da Square Enix de adotar uma postura mais cautelosa em relação à IA também é influenciada por críticas recebidas por projetos anteriores.
O lançamento do remake de The Portopia Serial Murder Case, em abril, foi recebido com críticas negativas devido a problemas técnicos.
Embora muitos executivos da Square Enix demonstrem entusiasmo com o potencial da IA para reduzir custos e otimizar processos, desenvolvedores dentro da empresa expressam maior cautela.
O designer de missões de Cyberpunk 2077, por exemplo, argumenta que a IA é mais adequada para tarefas repetitivas do que para áreas que exigem criatividade.
IA como Ferramenta, Não como Solução Mágica
O roteirista de Dragon Age, David Gaider, critica a visão de alguns executivos de que a IA pode substituir o processo criativo e atender às necessidades das equipes de desenvolvimento.
Ele defende que a IA deve ser vista como uma ferramenta para auxiliar o trabalho humano, e não como uma solução mágica para todos os problemas.