Kratos, o Fantasma de Esparta, passou por uma grande transformação nos últimos dois jogos da franquia God of War.
Essa mudança, que o tornou um pai mais maduro e comedido, dividiu opiniões entre os fãs. Entre os que discordam da nova direção do personagem está David Jaffe, criador original da série.
Em uma conversa recente com John Garvin, diretor de Days Gone, Jaffe expressou sua preocupação com o futuro de God of War. Para ele, o “novo Kratos” não é cativante o suficiente para sustentar uma franquia a longo prazo.
Jaffe argumenta que personagens de franquias populares, como Superman, Batman e o próprio Kratos, precisam manter uma certa essência para serem reconhecíveis e amados pelo público. Mudanças radicais podem funcionar em histórias únicas, mas em uma série, correm o risco de descaracterizar o personagem e afastar os fãs.
John Garvin concorda com Jaffe. Ele acredita que a nova versão de Kratos, apesar de bem escrita e executada, perdeu parte daquilo que tornava o personagem tão atraente: a fantasia, o poder e a rebeldia. Garvin também critica o final de Uncharted 4, que aposentou Nathan Drake e sugeriu a possibilidade de jogos futuros com sua filha, Cassie.
Para Jaffe e Garvin, essa obsessão com finais “realistas” e personagens “maduros” pode ser prejudicial para as franquias. Eles defendem a importância de manter o elemento de fantasia e aventura, que permite aos jogadores se conectarem com os personagens e viverem experiências extraordinárias.
As críticas de Jaffe e Garvin levantam questões importantes sobre o futuro de God of War e Uncharted. Será que a Sony conseguirá encontrar um equilíbrio entre a evolução dos personagens e a preservação daquilo que os torna especiais? Resta saber se o público responderá positivamente às novas direções traçadas para essas franquias lendárias.
Aqui estão alguns pontos chave da discussão:
- David Jaffe: “Não é que eu ache que a história [de God of War] seja irrelevante ou interessante, mas acho que o Kratos com quem fomos deixados não é um personagem para se criar uma franquia em volta.”
- John Garvin: “Falta o elemento de fantasia para fazer o jogador querer estar no papel do personagem.”
- David Jaffe: “Isso é o ego. Isso é o Neil Druckmann dizendo… a ideia era ‘ele vai se aposentar… não será mais com ele porque a história exige isso’. Cala boca.”
confira a entrevista abaixo:
A polêmica em torno do “novo Kratos” certamente continuará. É um debate que levanta questões sobre a natureza das franquias, a fidelidade aos personagens e as expectativas do público. Resta saber como a Sony responderá a essas críticas e qual será o futuro de God of War e Uncharted.